terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Á procura da felicidade



Por que esperamos tanto das pessoas? Por que queremos que a outra pessoa preencha um vazio que nem com um amor desses de filme vai dar jeito? Vivemos numa busca tão prejudicial e escravista dos nossos sentimentos, nos maltratando, procurando no/a outro/a o que já temos, de certa forma castigando o/a outro/a, para que assim, ele/a supra todas as nossas ânsias e realize nossos sonhos, jogando nossas frustrações e esperanças, muitas vezes sufocando o/a outro/a com toda essa espera sem fim de felicidade plena.
A felicidade esta dentro de cada um/a e não na busca desenfreada por alguém que nos dê uma felicidade e uma alegria que de fato já estava lá escondidinha, mas só percebemos que elas estão lá no nosso íntimo quando encontramos a pessoa tão desejada. Em vários momentos da vida fazemos sempre a mesma coisa, esperamos tanto do/a outro/a, e esquecemos que esse/a outro/a também tem suas expectativas em relação a nós, que ele/a quer ser feliz, encontrar alguém que o/a complete. Não se pode julgar o/a outro/a por ser passional ou fria/o no relacionamento, mas deveríamos lembrar que antes de cobrar, deveríamos nos doar mais ou ceder às vezes. Geralmente pensamos no nosso umbigo mesmo, sendo egoístas, querendo tudo, e nem nos lembramos de dar nada, aí alguns ficam em casa à espera de um milagre amoroso, a pessoa amada bater na porta e dizer: “Cheguei, estou aqui para te fazer à pessoa mais feliz do mundo para sempre!”, e se ao invés de reclamar ou ficar sentado/a em casa, esperando algo de maravilhoso acontecer, deixássemos de lado o mundinho da felicidade e da perfeição que criamos ao longo da nossa vida e o guardasse um pouco, para podermos viver a vida lá de fora, o real, que não é fácil, mas pode ser boa e agridoce. É preciso ser feliz sozinho/a, se sentir bem em estar só e resolver esse problema de vazio do tamanho da outra pessoa, nossas sentimentalidades, amadurecer e assim, quem sabe podermos viver um amor sem tantas cobranças, superficialidades e perfeccionismos.

sábado, 24 de setembro de 2011

Coração Ferido!


Ahh... meus Deus, me sinto uma louca!
Quanta coisa que não gosto, estou fazendo,queria fugir de tudo, que me desvia dos meus verdadeiros objetivos! To com tanto medo, das coisas que vem acontecendo....Meu Deus, como quero sumir dos caminhos que estou escolhendo caminhar, correr atrás do que realmente me faz bem, do que me faz feliz!
Tenho estado tão longe das pessoas, achando que assim vai ficar mais fácil não me machucar com a desconfiança, com o amor não recebido, com o carinho esquecido! Estou  tão cansada de ser questionada pelas minhas atitudes, não preciso agradar, estou cheia, saturada, não preciso dar explicações de nada á ninguém!
Sorrir sempre para que? Ser agradável quando não estou afim, ou amável, quando na verdade nem tive todo esse amor para retribuir e dividir com mundo, o na verdade nem  recebi!
Tenho só vontade de chorar até não aguentar mais, o rosto inchado depois de colocar todo o meu lamento pra fora...ahhhh... meu coração dói, dói muito, acho que estou enlouquecendo!
E pela primeira vez estou tão vazia de mim mesma, de sentimentos que me fazem querer viver e buscar ser um ser humano melhor e cheio  de esperanças, no futuro, na vida!!
Respiro  fundo  e vejo que nada vai mudar amanha, que vou acordar cheia de incertezas, e medos, insegurança.....Ahhh, Deus quero uma vida nova, ando tão cansada de tudo, principalmente do abandono a minha alma, que sinto as vezes sair de mim e ir habitar outro mundo, como faço para resgatar minha alma perdida, nesse mundo tão feio e escuro!
Ahh... Deus quero uma chance de viver uma nova vida ou ao menos de um jeito diferente e melhor, menos dramático e vazio, que seja cheio de amor....necessito ser livre!

                              
                                                        



      Queria tanto um abraço agora!!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deixada de lado

Sinto uma indignação enorme dentro de mim, quando percebo que não sirvo para o que fui requisitada, me sinto enganada e usada, por ter me iludido tanto tempo, achando que poderia fazer o que mais gosto. Agora percebo que não sirvo mais, que não sou boa ou capaz de desempenhar tal tarefa. Me da uma vontade louca de cuspir tudo que sinto na cara das pessoas que me subestimam, mas isso não iria resolver meus problemas, nem aquietar meu coração, então paro e penso que se o que amo for realmente pra mim, ela vai voltar e me fazer feliz do jeito que eu sempre imaginei me impulsionando a evolução e ao amadurecimento emocional e profissional.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor Contido, medo revelado


Desde que a dança surgiu na minha vida, vivo em constante mudança, vivo e sinto emoções que nem conseguiria descrever. È algo tão surreal, que me enche de esperanças de um mundo melhor e mais belo, cheio de amor e realizações.
Cada vez que meu corpo se movia era uma parte de mim que estava ali se mostrando muitas vezes frágil e cautelosa, medos muitos medos, do ridículo, das criticas... Sei lá! medo de não ser boa bailarina. Desde criança tinha esse sonho de ser bailarina, mas como tantas outras garotas não tinha recursos, no entanto um dia a dança bateu em minha porta meio sem querer, tive muito medo e muita vergonha no inicio, mas resolvi enfrentar todas essas emoções dentro de mim incluindo minhas limitações.
Passei tanto tempo pensando nos medos, na vergonha e em não ser boa, prendendo-me as minhas limitações e esqueci-me de evoluir dentro da dança e dentro de mim mesma ou para fora, fica a duvida aí. Experimentei tantas coisas, conheci tanta gente boa e muito talentosa, tive oportunidades, mas meus medos mais uma vez bateram em minha porta, dessa vez sem querer ir embora. Ah... meu Deus! Como eu amo a dança! Cada vez que vejo alguém dançar sinto uma euforia tão grande e ao mesmo tempo uma tristeza por não estar ali compartilhando meu mundo com o publico através do meu corpo. Como já dizia Klauss Vianna em seu livro A dança “eu não danço, eu sou a dança”... Cada vez que leio esse livro posso sentir as emoções de Klauss pulsando em cada palavra, às vezes me sinto assim e tenho uma vontade louca de sair dançando por ai, mas me contenho, me silencio, e isso me machuca profundamente. Às vezes penso, será que voltarei a dançar de novo algum dia? Fico paranóica tentando achar uma solução para essa fome que minha alma sente pela dança, mas sei que se tivesse mais uma oportunidade iria agarrá-la com todas as minhas forças, iria me empenhar ao maximo sem deixar de pensar que meu corpo expressa minhas emoções e experiências. 
Poderia ficar aqui escrevendo sobre a dança e tudo que ela me causa e a liberdade que ela me proporciona, mas preciso voltar para a minha realidade, que nem é a que eu queria, no entanto, vivo as escolhas que faço mesmo que sejam difíceis e ruins ou boas e diferentes, me dando uma nova chance de recomeço, com relacionamentos mais sólidos e mais maduros.

sábado, 21 de maio de 2011

Saindo da Rotina


                                      Geração do X’nada

            Que geração é essa? A “geração Orkut” poderia ser a “geração msn” ou talvez a “x-tudo”. Que só tem fotos de felicidade nos sites de relacionamentos? Que correm contra o tempo para poder viver tudo intensamente e acabam mesmo é sendo tristes e solitários, com relacionamentos superficiais. Será mesmo que é só isso que eu quero? Se é só isso que espero da vida? O que é ser um cidadão? É somente votar nas eleições? Seria somente pagar os impostos em dia? É estudar nas melhores escolas, tirar as melhores notas e depois passar num vestibular para uma universidade pública? É só olhar para o meu umbigo?
            O mundo esta tão cheio de coisas boas e más, vai depender de mim escolher o melhor caminho para viver o meu futuro, um futuro cheio de surpresas, seja elas quais forem.
        Pois bem, tenho vivido um momento da vida que pode ser considerado histórico. Tenho participado de lutas e conquistas que se somam a história do meu país, que ainda vive uma  realidade de opressões e desigualdades. O meu receio é de que nessa luta estejamos dando passos curtos pelo caminho mais largo, cheio de armadilhas que nós mesmos criamos e muitas vezes caímos. Tudo isso, por causa da falta de conhecimento ou simplesmente pela negligencia á leituras de assuntos pertinentes e que poderiam embasar nossas ações.
          Fala-se tanto do Movimento Estudantil como um movimento morto, certo? Corretíssimo, pois os jovens dos dias atuais acham que o espírito revolucionário está na moda, são individualistas, egoístas e sem ideais ou apenas por não se interessarem por política. Em partes essa afirmativa procede, mas ainda existem jovens que querem lutar por mudanças e fazer a diferença, não para continuar como diz Elis Regina em um trecho de sua música “Como Nossos Pais”:

“Minha dor é perceber
 Que apesar de termos
  Feito tudo o que fizemos
 Ainda somos os mesmos
       E vivemos
   Ainda somos os mesmos
                                E vivemos
                                            Como os nossos pais...”



           Entendo que nossos pais são de uma geração que tinha ideais ou era mal vista por serem considerados rebeldes sem causa, enfim, eram pessoas que ousaram descobrir um real sentido para a existência humana e aprenderam a simples diferença entre existir e viver. Desejo e busco mais, quero mais que só festas e farras em que as pessoas esmagam a latinha de cerveja com a bunda e com músicas que depreciam as mulheres, quero ser tratada com respeito e dignidade, quero participar e que a minha fala seja ouvida e respeitada, mas sem “atas” para fazer, como se isso fosse só função da mulher, “lugar de mulher TAMBÉM é na política”, quero conhecimento, quero ter experiências de lutas por causas justas e igualitárias, coletivas e conhecer quem as teve, aprendendo com suas experiências. Não quero ser só mais um/a nesse mundo cheio de gente que morre antes mesmo de descobrir qual seu tipo sanguíneo. 

 Texto de Nayane Silva, Graduanda em Pedagogia da UESB-Jequié