sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deixada de lado

Sinto uma indignação enorme dentro de mim, quando percebo que não sirvo para o que fui requisitada, me sinto enganada e usada, por ter me iludido tanto tempo, achando que poderia fazer o que mais gosto. Agora percebo que não sirvo mais, que não sou boa ou capaz de desempenhar tal tarefa. Me da uma vontade louca de cuspir tudo que sinto na cara das pessoas que me subestimam, mas isso não iria resolver meus problemas, nem aquietar meu coração, então paro e penso que se o que amo for realmente pra mim, ela vai voltar e me fazer feliz do jeito que eu sempre imaginei me impulsionando a evolução e ao amadurecimento emocional e profissional.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor Contido, medo revelado


Desde que a dança surgiu na minha vida, vivo em constante mudança, vivo e sinto emoções que nem conseguiria descrever. È algo tão surreal, que me enche de esperanças de um mundo melhor e mais belo, cheio de amor e realizações.
Cada vez que meu corpo se movia era uma parte de mim que estava ali se mostrando muitas vezes frágil e cautelosa, medos muitos medos, do ridículo, das criticas... Sei lá! medo de não ser boa bailarina. Desde criança tinha esse sonho de ser bailarina, mas como tantas outras garotas não tinha recursos, no entanto um dia a dança bateu em minha porta meio sem querer, tive muito medo e muita vergonha no inicio, mas resolvi enfrentar todas essas emoções dentro de mim incluindo minhas limitações.
Passei tanto tempo pensando nos medos, na vergonha e em não ser boa, prendendo-me as minhas limitações e esqueci-me de evoluir dentro da dança e dentro de mim mesma ou para fora, fica a duvida aí. Experimentei tantas coisas, conheci tanta gente boa e muito talentosa, tive oportunidades, mas meus medos mais uma vez bateram em minha porta, dessa vez sem querer ir embora. Ah... meu Deus! Como eu amo a dança! Cada vez que vejo alguém dançar sinto uma euforia tão grande e ao mesmo tempo uma tristeza por não estar ali compartilhando meu mundo com o publico através do meu corpo. Como já dizia Klauss Vianna em seu livro A dança “eu não danço, eu sou a dança”... Cada vez que leio esse livro posso sentir as emoções de Klauss pulsando em cada palavra, às vezes me sinto assim e tenho uma vontade louca de sair dançando por ai, mas me contenho, me silencio, e isso me machuca profundamente. Às vezes penso, será que voltarei a dançar de novo algum dia? Fico paranóica tentando achar uma solução para essa fome que minha alma sente pela dança, mas sei que se tivesse mais uma oportunidade iria agarrá-la com todas as minhas forças, iria me empenhar ao maximo sem deixar de pensar que meu corpo expressa minhas emoções e experiências. 
Poderia ficar aqui escrevendo sobre a dança e tudo que ela me causa e a liberdade que ela me proporciona, mas preciso voltar para a minha realidade, que nem é a que eu queria, no entanto, vivo as escolhas que faço mesmo que sejam difíceis e ruins ou boas e diferentes, me dando uma nova chance de recomeço, com relacionamentos mais sólidos e mais maduros.